O número de pedidos de recuperação judicial em Mato Grosso acumulou 136 requerimentos de janeiro a novembro deste ano. O volume supera em 202% o registrado em igual intervalo de 2014, quando chegaram à Justiça 45 solicitações. Além de recorde, o percentual é quase 4,5 vezes maior do que a expansão contabilizada no Brasil, no mesmo período.
Conforme o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, o crescimento anual foi de 46,7%. Foram 1.137 ocorrências contra 775 apuradas nos onze primeiros meses de 2014. O resultado nacional é o maior para o acumulado desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (junho/2005), como apontam os especialistas da Serasa.
No Estado, chama à atenção que em novembro de 2014, nenhum pedido foi registrado, enquanto que no mês passado foram 20 requerimentos e em outubro, 13. Como elenca a Serasa, entre falências requeridas, falências decretadas, recuperação judicial requerida, recuperação judicial deferida, recuperação judicial concedida, recuperação extrajudicial requerida, recuperação extrajudicial homologada, Mato Grosso minutou nos onze meses fechados de 2015, 311 movimentações, dentre elas as 136 solicitações judiciais de recuperação, das quais 132 foram deferidas. No mesmo acumulado do ano passado, foram pontuados 127 registros, sendo 46 deles deferidos.
BRASIL – Conforme o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações as micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a novembro de 2015, com 589 pedidos, seguidas pelas médias (327) e pelas grandes empresas (221).
Na análise mês a mês, o Indicador verificou aumento de requerimentos de recuperação judicial em novembro/2015, em relação a outubro/2015, alta de 19,6% (122 em novembro contra 102 em outubro). Já na comparação entre novembro/2015 e novembro/2014 a alta foi de 114% de 57 para 122.
Na verificação mensal de novembro, as MPEs também ficaram na frente com 72 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 26, e as grandes com 24.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a ampliação do quadro recessivo da economia, o encarecimento das linhas de crédito às empresas e os impactos da alta do dólar sobre os custos produtivos estão minando a capacidade financeira das empresas e impulsionando os requerimentos de recuperações judiciais.
FALÊNCIAS – No Estado, os pedidos somaram seis contra dois em 2014, sendo dois deles registrados somente no mês de novembro. No país, nos primeiros onze meses do ano foram realizados 1.654 pedidos de falências no país, um aumento de 7,9% em relação a igual período de 2014, quando foram registrados 1.533. Do total de requerimentos de falência efetuados de janeiro a novembro de 2015, 850 foram de micro e pequenas empresas (de janeiro a novembro/2014 o número foi de 769), 392 de médias empresas (em igual período do ano passado, 381) e 412 pedidos de grandes empresas (em 2014, 383).
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